Técnica de enfermagem é morta a tiros pelo cunhado ao tentar defender irmã

Dulce Maria Araújo de Sousa, de 22 anos, foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Suspeito fugiu.

Uma técnica de enfermagem foi morta a tiros durante uma discussão com o ex-cunhado na localidade de Jatobá, zona rural da cidade de Varjota, no interior do Ceará, na noite desta quinta-feira (28). Dulce Maria Araújo de Sousa, de 22 anos, foi baleada quando tentava defender a irmã, que havia rompido relações com Pedro Ivo de Lima Neto, suspeito do crime.

Conforme o relatório de ocorrência da Polícia Militar, ao qual o g1 teve acesso, os agentes foram comunicados sobre o crime por volta das 21h50. Quando os policiais chegaram ao endereço, testemunhas relataram que o ex-marido da irmã da vítima tentou entrar na casa da família.

Na ocasião, Dulce saiu do imóvel, discutiu com o ex-cunhado e o homem atirou diversas vezes contra ela. A técnica de enfermagem entrou na residência para tentar se proteger, mas já havia sido baleada.

A jovem foi socorrida para o Hospital Municipal de Varjota, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na unidade. O suspeito do crime fugiu em uma motocicleta. A ex-mulher do suspeito, irmã da vítima, tinha uma medida protetiva contra o homem.

Tentou defender a irmã

Uma câmera de segurança flagrou o crime. As imagens mostram o momento que o homem estava na frente da casa da vítima ameaçando ela os parentes da ex-mulher com uma espingarda.

Em determinado momento, a técnica de enfermagem jogou uma pedra contra o ex-cunhado. O homem reagiu e atirou diversas vezes contra a jovem, atingida no braço e no tórax. Ao ouvir os disparos, a irmã da vítima, que estava trancada em uma casa vizinha com as duas filhas, saiu desesperada.

Ao ver a ex-mulher, o homem a atacou com duas coronhadas na cabeça. Nesse momento, a mãe das duas mulheres pegou uma pedra maior e saiu correndo na direção do homem.

De acordo com o secretário de Segurança de Varjota, conhecido popularmente como “Tenente Linha Dura”, o homem fugiu levando o filho de 11 anos, que morava com ele desde a separação do casal. A polícia realiza buscas na região e nos municípios vizinhos para capturar o homem.

A Prefeitura de Varjota emitiu uma nota de pesar pela morta da técnica de enfermagem, que era servidora do município.

“A prefeitura Municipal de Varjota se solidariza com a família de Dulce Maria Araújo Sousa, servidora pública municipal a qual desempenhava brilhantemente a função de técnica de enfermagem. Sua partida deixa um legado de carinho e amizades. Dulce Maria deixará muitas saudades a todos. Nossos Sentimentos. Descanse em paz”, disse a Prefeitura.

Motorista envolvido em acidente que deixou um homem morto e duas crianças feridas é preso no Ceará

Condutor estava embriagado, em alta velocidade e fugiu do local sem prestar socorro as vítimas.

O motorista do carro envolvido no acidente com uma motocicleta que deixou um homem morto e duas crianças feridas na CE-060, em Acopiara, no interior do Ceará, foi preso nesta quarta-feira (27), por suspeita de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

A colisão ocorreu no dia 13 de agosto deste ano, data em que foi comemorado o Dia dos Pais. Na ocasião, a vítima, de 32 anos, trafegava de moto levando as duas filhas quando o veículo foi atingido pelo carro. O motociclista morreu no local e as crianças foram socorridas.

Conforme as investigações da Delegacia Municipal de Acopiara, Ronaldo da Silva Gaspar, de 46 anos, é suspeito de dirigir o automóvel em alta velocidade, sob efeito de bebidas alcoólicas, e colidir frontalmente com a motocicleta onde estavam pai e filhas.

Após o acidente, ele fugiu do local sem prestar socorro às vítimas, mas foi identificado em seguida pela polícia, que solicitou um mandado de prisão preventiva, levando a prisão do suspeito.

 

Acusados de matar quatro pessoas em ritual macabro para ganhar na Mega-Sena são condenados

Investigação da Polícia Civil apontou que integrantes de seita atraíam vítimas a um sítio, faziam um ritual com o rosto da pessoa coberto e atiravam na nuca.

Dois acusados de cometerem assassinatos em série em Iguatu, no interior do Ceará, foram condenados a prisão por assassinato nesta terça-feira (26). Segundo investigação da Polícia Civil eles mataram quatro pessoas após atraí-las para uma região erma na zona rural da cidade. O objetivo, conforme confessaram em depoimento, era realizar um ritual macabro que os faria ganhar o prêmio máximo da Mega-Sena.

Eles são acusados de matar quatro pessoas e foram condenados no caso que apurava especificamente o assassinato de Mikael de Souza Melo, morto em 12 de outubro de 2017. Como as outras vítimas, Mikael de Souza foi assassinado com um tiro na cabeça, quando estava com a nuca, como parte do ritual macabro.

Gleudson Dantas Barros e Roberto Alves da Silva foram condenados à prisão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Gleudson foi sentenciado a 19 anos, 4 meses e 15 dias em regime fechado; e Roberto, a 18 anos, 5 meses e 15 diasd e prisão.

Os dois já tinham sido condenados em dezembro de 2021 pela morte do estudante Jheyderson de Oliveira Chavier, encontrado morto em uma cova.

A Polícia Civil concluiu que os homens mataram não só o estudante, mas também outras três pessoas da mesma forma.

Segundo a investigação, eles atraíam vítimas a um sítio, faziam um ritual com o rosto da pessoa e atiravam na nuca. Um dos condenados desejava também ter “poderes divinos”, mulheres e “poder para desafiar qualquer um”, afirmou, na época, o delegado da Polícia Civil Marcos Sandro Lira.

“Eles escolhiam aleatoriamente. Eram serial killers psicopatas que se fingiam de religiosos para se infiltrar na sociedade. Eles escolhiam pessoas frágeis psicológica e emocionalmente, mas se [a vítima] fosse alguém que tinha alguma rixa com eles, era um alvo preferencial”, disse Sandro Lira.

O cadáver do estudante morto foi encontrado nas proximidades da casa de Roberto Alves, apelidada pelos investigadores como “Casa da Morte”, em função de ser o local no qual eram praticados rituais ‘macabros e sinistros’, diz o Ministério Público do Ceará. Roberto também foi sentenciado pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.

Covas e rituais
Segundo o delegado Sandro Lira, os suspeitos deixavam uma cova preparada e escolhiam a vítima para realização dos rituais.

“Eles simplesmente pensavam quem eles iriam matar naquele dia, podia ser um mendigo, alguém que eles prometiam dinheiro, festas”, afirmou.
A polícia chegou aos suspeitos após a morte do estudante Jheyderson de Oliveira Chavier; depois de cinco dias desaparecido, a polícia identificou um vídeo de câmeras de segurança da vítima na companhia de Gleudson Dantas, apontado como o líder da seita.

Após a prisão e interrogação do suspeito, os policiais e Corpo de Bombeiro localizaram mais três cadáveres no sítio. “Um deles [dos suspeitos presos], o Roberto, fala em arrependimento, diz que os rituais não estavam resultando em nada na vida dele. Já os outros dois, se não tivessem sido presos, iriam continuar matando com certeza. O menor de idade queria matar, ele sentia prazer em matar”, afirma o delegado.

Parte dos cadáveres eram usados para “ornamentar” um “altar satânico”, que era usado em rituais macabros. Os membros da seita acreditavam que, com os homicídios, conseguiram os números para vencer na Mega-Sena.

 

Médico que retirou rim saudável de criança recebe advertência; família cobra pena mais rígida

Elise Bezerra faleceu no dia 18 de março de 2022, aos 5 anos, após cirurgia.

O médico urologista Eleazar Araújo foi julgado e considerado culpado pelo Conselho Regional de Medicina do Ceará (Cremec) pela retirada do rim saudável da pequena Elise Bezerra, que morreu em abril de 2022, aos 5 anos, quatro anos após o procedimento no Hospital São Vicente de Paulo, em Barbalha, no interior do Ceará.

O Cremec, que reconheceu ter ocorrido o erro, aplicou a pena mais branda ao profissional, que recebeu uma advertência. A decisão, que saiu em junho deste ano, revoltou os familiares da criança.

“Diante de todas as provas, todos os laudos, tudo o que foi dito e exposto, como é que uma pessoa é culpada pelo erro que levou minha filha ao óbito e simplesmente eles apenas aplicaram uma advertência”, disse Daniele Bezerra dos Santos, mãe de Elise.

A família da criança irá recorrer da decisão do Conselho Regional de Medicina e espera que haja uma punição mais severa para o médico.

“A família recebe com um misto de sentimentos essa decisão. Primeiro porque ela reconhece que houve uma conduta negligente e imprudente por parte do médico, mas, ao mesmo tempo, não dá a punição adequada do dano que ele causou. Por conta da conduta que o próprio Cremec reconhece como negligente e imprudente, um erro médico que tirou um rim saudável da criança e ela veio a óbito” argumentou o advogado Filipe Santana, que representa a família da vítima.

O Hospital São Vicente de Paula informou que o processo está em segredo de justiça e que não irá se pronunciar.

A defesa do médico Eleazar Araújo também não quis falar sobre o caso.

O Cremec foi procurado pela TV Verdes Mares, mas até a publicação desta reportagem não deu retorno.

Complicações na saúde

Elise foi diagnosticada nos primeiros anos de vida com atrofia no rim esquerdo e precisou passar por uma nefrectomia, para a retirada do órgão. Durante o procedimento, em vez da equipe médica do médico Eleazar Araújo retirar o rim debilitado, retirou o rim direito, que era saudável.

Após a retirada do órgão, a menina teve complicações na saúde, precisou passar por um transplante e adquiriu um vírus. Desde então, Elise teve várias internações, fez tratamento, mas não resistiu e morreu no dia 18 de abril de 2022.

“Elise adquiriu logo após o transplante, depois de seis meses transplantada, o vírus EBV que acomete pessoas transplantadas. Mesmo com todas as terapias não conseguiram fazer com que ela se curasse. Então ela conviveu o tempo todo com esse vírus, o que trouxe muitas outras consequências. Minha filha veio a óbito justamente por conta das complicações pós transplante”, disse Daniele Bezerra.

Ainda em 2018, a família de Elise entrou com um processo para que o hospital e o médico fossem responsabilizados pela retirada do órgão errado, o que prejudicou a saúde da criança. No decorrer da ação, o nome do profissional foi retirado, o que deixou os familiares da menina indignados.

Técnico em meio ambiente é flagrado chutando cachorra em rua no Ceará

Nas redes sociais, o homem afirmou que chutou a cachorra para proteger sua filha pequena, que estava no portão, dentro de casa.

Um técnico em meio ambiente foi flagrado por câmeras de segurança chutando uma cachorra de rua que se aproximou do seu carro em Sobral, na região norte do Ceará.

A cena foi captada por câmeras de segurança. O homem, identificado como Ari Costa, para o carro em uma residência na avenida Doutor Guarany, no centro de Sobral. Neste momento, a cadela corre em direção ao veículo e late. Neste momento, Ari sai do carro, dá a volta e chuta a cachorra.

As imagens repercutiram nas redes sociais e causaram revolta, ainda mais por Ari Costa se identificar tecnólogo ambiental e técnico em meio ambiente.

Após a repercussão, o tecnólogo publicou um vídeo nas redes sociais em que se desculpa pela agressão e afirma que chutou a cachorra para proteger sua filha pequena, que estava no portão, dentro de casa. Segundo ele, o caso ocorreu há três semanas, mas só foi divulgado agora.

“Vim pedir desculpas à causa animal, afinal eu errei”, afirmou Ari. “Minha filha tem somente dois anos e pela proteção paterna minha, fiz esse ato impensado. Errar é humano.”

Em nota, Ari Costa também afirmou que a cachorra tem dono, mas é criada solta pelo vizinho e já havia tentando atacá-lo em outro momento.

 

Advogado foi assassinado no Ceará após extorsão de R$ 800 mil, diz MP

De acordo com a denúncia do MPCE, empresário Ernesto Wladimir de Oliveira Barroso teria encomendado a morte do advogado Di Angellis após pagar R$ 800 mil à vítima para que reportagens sobre ele fossem deletadas de um portal de notícias.

O Ministério Público do Ceará denunciou o empresário Ernesto Wladimir de Oliveira Barroso por “encomendar” a morte do advogado Francisco Di Angellis Duarte de Morais. O crime ocorreu em 6 de maio. Além do empresário, foram denunciados os ex-policiais militares José Luciano Souza de Queiroz e Glauco Sérgio Soares do Bonfim.

Segundo o Ministério Público, o empresário encomendou a morte de Di Angellis após pagar R$ 800 mil à vítima para que reportagens sobre ele fossem deletadas de um portal de notícias. De acordo com o acusado, as publicações eram um ataque à sua pessoa que “questionavam a honestidade” de como ele obteve patrimônio.

Ainda de acordo com o documento, na noite do dia 6 de maio, o advogado chegava em sua casa, no Bairro Parquelândia, quando foi baleado por dois homens em uma motocicleta, José Luciano e Glauco. “O garupeiro efetuou disparos de arma de fogo, causando a morte da vítima. O crime teria como mandante Ernesto”, afirma o Ministério Público.

Rastreador no escapamento do carro
Durante as negociações com o advogado, o empresário conseguiu os dados do veículo da vítima e providenciou para que José Luciano e Glauco mantivessem a vítima sob vigilância para preparar uma emboscada e realizar o assassinato.

No dia 28 de abril de 2023, enquanto Ernesto e Di Angellis se encontravam em uma padaria no município do Eusébio para encerrar as negociações, José Luciano e Glauco conseguiram instalar o rastreador no escapamento do carro da vítima, “ferramenta fundamental na execução do crime”.

O Ministério Público requer que, em caso de condenação, seja fixado valor de R$ 1 milhão para reparação dos danos à família da vítima, que se viu violentamente privada do convívio em razão da conduta criminosa.

Prisões
O empresário e os três policiais tiveram as prisões temporárias convertidas em prisões preventivas. Conforme a Polícia Civil, as capturas aconteceram em Fortaleza, Caucaia e Eusébio, municípios da Região Metropolitana da capital cearense.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram encontrados uma arma de fogo, munição, uma pequena quantidade de drogas, celulares e dois veículos.