Pastor furta celular de freira em hospital e polícia encontra cigarro de maconha com ele durante prisão, em Fortaleza

Conforme informações policiais, Thiago Cardoso do Vale já possuía antecedentes por estelionato, receptação e como usuário de drogas.

Um pastor evangélico foi preso nesta terça-feira (19) suspeito de furtar o celular de uma freira dentro de um hospital em Fortaleza. Thiago Cardoso do Vale, de 39 anos, foi flagrado por câmeras de segurança. A freira acompanhava o pai, que estava internado na unidade hospitalar.

O pastor foi capturado por equipes policiais na própria residência, no Bairro Canindezinho, e estava com um cigarro de maconha.

Ainda conforme informações policiais, Thiago já possuía antecedentes por estelionato, receptação e como usuário de drogas. Ele foi capturado enquanto manuseava o celular da vítima.

O suspeito, o celular e o cigarro de maconha foram levados até o 35º Distrito Policial (35º DP). O pastor foi autuado em flagrante por furto qualificado e novamente como usuário de drogas. O aparelho celular foi devolvido à vítima.

Detalhes da prisão
Por volta das 5h40, os policiais civis tomaram conhecimento de uma ocorrência de furto em uma unidade hospitalar do bairro Guajeru.

A vítima acompanhava o pai internado, quando adormeceu ao lado e teve o aparelho celular furtado.

O principal suspeito era o acompanhante de um dos pacientes que estava na enfermaria, o que foi confirmado pelas câmeras de segurança cedidas pelo estabelecimento.

 

Policial penal acusado de assediar advogadas é demitido do cargo, no Ceará

O policial foi denunciado por assédio após acessar ilegalmente o sistema para conseguir o contato das vítimas.

O policial penal acusado de assediar advogadas foi demitido do seu cargo. O Governo do Ceará publicou a notícia no Diário Oficial do Estado nessa segunda-feira (18).

Caio Vinício Façanha da Paz foi afastado ‘em face do cometimento das faltas disciplinares’, aponta o texto. A decisão pode receber um recurso com prazo de cinco dias.

Ele foi denunciado formalmente suspeito de assediar sexualmente uma advogada que atendia em uma unidade prisional da Região Metropolitana de Fortaleza.

Após a denúncia da primeira vítima, pelo menos outras cinco advogadas que atuam no mesmo local relataram ter passado por situações similares. Ele entrava em contato por ligações telefônicas e perfis falsos nas redes sociais.

Policial acessava ilegalmente contato de advogadas

Conforme o g1 havia relatado, Caio conseguia o contato das vítimas de forma ilegal. Ele ligava — com número oculto — para as mulheres e também mandava mensagens através de um perfil falso nas redes sociais.

“Nas ligações, o interlocutor falava diversas imoralidades, que estava se ‘masturbando’, que ia fazer isso e aquilo comigo. De início eu esculhambava, pedia para me deixar em paz. No entanto, ele insistia chegando a ligar mais de 30 vezes. Essa situação não parou, pelo contrário, foi se agravando”, relatou a vítima.

Foi esta vítima quem conseguiu convencer o suspeito a realizar uma videochamada e capturou a imagem do rosto do homem — posteriormente identificado como agente penitenciário da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL 2), em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza. Ele aceitou a videochamada após ela fingir que estava interessada nas propostas dele.

“Agi por conta própria para tentar identificar o assediador e desta forma fingi que queria e pedi a ele para fazer uma chamada de vídeo. Consegui então a foto e hoje buscamos os órgãos competentes para punir o agressor. Ainda estou muito abalada, pois as palavras de assédio são de extremo grau de ofensa, imoralidades e ainda pelo visível grau de descaso que o agente apresenta, demonstrando não temer a justiça e agindo como um maníaco sexual”, complementou a vítima.

 

Nove detentos fogem de prisão durante trabalho na área de externa de presídio no Ceará

É a segunda fuga em presídios de Pacatuba em menos de 48 horas.

Nove detentos fugiram da Unidade Prisional de Ensino, Capacitação e Trabalho de Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza, durante um trabalho na parte externa do presídio, nesta segunda-feira (18). Um dos fugitivos foi recapturado.

A Secretaria da Administração Penitenciária informou que equipes do órgão, lideradas pelo secretário Mauro Albuquerque, em conjunto com as outras forças da polícia, realizam buscas para localizar os detentos.

Os fugitivos que seguem foragidos são:

Francisco Edvaldo de Moura (vulgo “Ricardo do Lalá”);
Raimundo Natanael Lopes da Silva (vulgo “Nael”);
Antônio Jonatas Curralinho de Oliveira Lopes
Francisco Carlos Sousa do Nascimento (vulgo “Carlinhos Magnata”);
Jerônimo Souza do Nascimento;
Antônio Advaldo Silva Júnior;
João Vitor Lourenço Pereira e
Tiago Ferreira da Silva.

Na manhã desta terça-feira (19), o interno Rafael de Queiroz Fernandes foi recapturado pelos agentes. Não há informações sobre onde ele foi localizado.

Ainda conforme a secretaria, o caso já está sob investigação da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública.

Segunda fuga na semana

Essa é a segunda fuga registrada em um presídio da Grande Fortaleza entre sábado (16) e segunda-feira. No sábado, por volta das 3h30, um grupo de sete detentos utilizou uma corda feita de lençóis para escalar o muro e fugir da Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo, em Pacatuba.

Os presidiários amarraram os lençóis para formar uma espécie de corda e prenderam o tecido a pedaços de ferro para ajudar na escalada das paredes da unidade prisional. 

Um deles foi capturado novamente neste domingo (17), de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária.

 

Chacina do Curió: veja quais policiais foram condenados, absolvidos e as condenações mais severas

Policiais militares são réus pelos assassinatos ocorridos entre a noite do dia 11 de novembro e a madrugada do dia 12 de novembro de 2015. Expectativa é que outros dois julgamentos sejam realizados em 2024. Dos 30 réus, dez ainda não foram julgados.

Seis policiais militares já foram condenados pela Chacina do Curió, matança que deixou 11 mortos em Fortaleza, em 2015. Devido à complexidade do caso, o julgamento foi dividido em etapas; três delas foram concluídas, e outras devem ser realizadas em 2024. Além dos policiais sentenciados à prisão, 14 foram absolvidos dos crimes.

Segundo o Ministério Público do Ceará, os crimes foram motivados por vingança pela morte do soldado Valtemberg Chaves Serpa, assassinado horas antes ao proteger a mulher em uma tentativa de assalto, no Bairro Lagoa Redonda.

Confira os policiais militares condenados:

Marcus Vinícius Sousa da Costa: 275 anos e 11 meses de prisão. As penas correspondem a 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
Antônio José de Abreu Vidal Filho: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
Wellington Veras Chagas: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
Ideraldo Amâncio: 275 anos e 11 meses de prisão por 11 homicídios, 3 tentativas de homicídio, 4 crimes de tortura física e mental. Prisão em regime fechado de imediato sem direito de responder em liberdade e perda do cargo de policial militar.
José Oliveira do Nascimento: 210 anos e nove meses de prisão por 18 crimes, entre eles, homicídio, tentativa de homicídio e tortura.
José Wagner Silva de Souza: 13 anos e cinco meses por tortura.

Foram absolvidos dos crimes:

Francinildo José da Silva Nascimento
Gaudioso Menezes de Mattos Brito Goes
Gerson Vitoriano Carvalho
José Haroldo Uchoa Gomes
Josiel Silveira Gomes
Ronaldo da Silva Lima
Thiago Aurélio de Souza Augusto
Thiago Veríssimo Andrade Batista de Moraes
Antônio Carlos Matos Marçal
Antônio Flauber de Melo Brazil
Clênio Silva da Costa
Francisco Helder de Sousa Filho
Igor Bethoven Sousa de Oliveira
Maria Bárbara Moreira
Antônio Carlos Matos Marçal foi absolvido dos crimes julgados no Tribunal de Justiça, mas teve parte do processo encaminhado para a Justiça Militar, que deve realizar um novo julgamento
O julgamento foi dividido em etapas; três delas foram concluídas:

Primeiro julgamento, de 21 a 25 de junho: quatro policiais foi condenado a 275 anos e 11 meses de prisão. Ninguém foi absolvido.
Segundo julgamento, de 29 de agosto a 6 de setembro: oito PMs foram inocentados. Ninguém foi condenado. O Ministério Público recorreu da sentença.
Terceiro julgamento, de 12 a 16 de setembro: dois policiais foram condenados e seis foram absolvidos.
A expectativa é que outros dois sejam realizados em 2024. Dos 30 réus, dez ainda não foram julgados.

De acordo com a Justiça cearense, enquanto o restante dos acusados se tornarem aptos a irem a julgamento, novas datas serão designadas para que o corpo de jurados decida se eles são culpados ou inocentes pelos crimes.

 

Falso policial civil troca tiros com a polícia e é preso durante tentativa de assalto em Fortaleza

Dois comparsas do criminoso também foram capturados após serem baleados.

Um falso policial civil e dois comparsas foram presos ao tentar realizar um assalto no Bairro Planalto Ayrton Senna, em Fortaleza, na tarde desta quinta-feira (14). No momento da abordagem, dois criminosos trocaram tiros com policiais militares e foram baleados.

A Polícia Militar informou que uma equipe do 21º Batalhão estava em patrulhamento na região quando recebeu a informação de que indivíduos estariam armados em um galpão na Rua Frota. Um deles estava vestido com uma camisa com a inscrição “Polícia Civil”.

Ao chegar ao endereço, os criminosos atiraram contra os agentes, que revidaram, e começou um tiroteio. Dois criminosos ficaram feridos e foram socorridos até a unidade de pronto atendimento (UPA) do José Walter.

Os policiais apreenderam com o trio dois revólveres municiados, dois bloqueadores de sinal de GPS, além de um carro roubado, que estava com a placa adulterada.

Estevan dos Santos Bentancol, 20 anos, Fábio Guimarães Paiva, 25 anos, e Francisco Cassio da Silva Gomes, 26 anos, foram autuados por roubo, associação criminosa e receptação. Contra Fabio Guimarães havia um mandado de prisão em aberto expedido pela Justiça. Ele responde criminalmente por tráfico de drogas.

 

Marido suspeito de mandar matar contadora teria ajudado criminosos a carregar itens roubados da casa

Conforme depoimento de um dos envolvidos no crime, o marido de Kaianne até ajudou os criminosos a retirar os televisores da casa dos suportes nas paredes.

Para forjar o crime de latrocínio, o professor Leonardo Nascimento Chaves, suspeito de mandar matar a própria esposa, a contadora Kaianne Bezerra Lima Chaves, chegou a ajudar os dois executores do crime a carregar os itens roubados da casa para o carro da vítima. É o que aponta o depoimento do adolescente de 16 anos apreendido pela polícia por participação no crime.

Kaianne foi torturada e assassinada dentro de casa, em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza, no dia 26 de agosto. Uma das principais linhas de investigação da Polícia Civil é que o marido da vítima, Leonardo, tenha encomendado a morte para obter o valor do seguro de vida da contadora, de R$ 60 mil: R$ 30 mil pela morte e R$ 30 mil adicionais em caso de morte violenta.

A participação de Leonardo no crime foi admitida pelos outros dois envolvidos, o motorista de aplicativo Adriano Andrade Ribeiro e o adolescente de 16 anos, depois que a investigação obteve imagens em vídeo que registravam o encontro dos três no estacionamento de um shopping, momentos antes do homicídio.

No depoimento, o adolescente afirma que, durante o encontro no estacionamento, Leonardo orientou que os dois roubassem as alianças do casal e até mesmo outro anel que Kaianne usava em uma das mãos. Ele também teria indicado onde estava o pedaço de madeira que deveria ser usado para matar a esposa.

Conforme o depoente, Leonardo ajudou os dois a retirar os televisores da casa dos suportes nas paredes e também ajudou a colocar outros itens roubados, como cafeteiras, bebidas alcoólicas e perfumes, no carro de Kaianne.

Após ajudar os dois a colocar as coisas roubadas da casa, Leonardo teria combinado ainda para que os criminosos o amarrassem e o agredissem, para fazer com que ele parecesse uma vítima, assim como Kaianne.

Após reviravolta na investigação do caso, Leonardo foi preso na última quarta-feira (6). A investigação não foi concluída, e outras hipóteses para a motivação do crime não foram totalmente descartadas, disse ao Fantástico o delegado Gustavo Pernambuco.

Brigas por dívidas

Familiares de Kaianne, que tinha 35 anos, afirmam que a contadora já havia tentado se separar de Leonardo após conflitos por causa dos gastos do marido.

Uma parente da vítima, que preferiu não ser identificada, relatou que este seria o único atrito que chegou ao conhecimento da família. Fora isso, o casal demonstrava viver em aparente harmonia.

O único conflito entre os casal, conforme familiares, é que Leonardo gastava muito com coisas supérfluas.

“Segundo ela, ele gastava com muitas coisas assim supérfluas, besteiras, hobbies dele… Tipo colecionar carrinhos em miniatura, jogos eletrônicos. Mas essa foi a briga mais pesada que a gente já teve conhecimento, já teve acesso”, detalhou a parente em entrevista.
A quase separação também foi comentada por Luciano Moura Bezerra, tio de Kaianne. Ele detalha que a contadora tentava controlar os gastos enquanto Leonardo cometia excessos. Ele explica que a família não sabia que gastos eram esses ou a quem ele devia.

Comportamento do suspeito após o crime

Após a morte de Kaianne, familiares relatam que o suspeito participou do velório e do enterro e que continuou em contato com a família da esposa, prometendo dormir na casa da sogra e levando alguns dos pertences pessoais da vítima. Quando foi preso, Leonardo foi capturado após sair da casa da sogra.

Em entrevista, uma das familiares afirmou que, nos momentos iniciais do luto por Kaianne, Leonardo seria a última pessoa de quem os parentes desconfiariam por conta de uma convivência próxima e harmoniosa com ele.

“Assim que aconteceu o crime também, ele foi na casa dos familiares se dizendo muito arrasado, chorando, pedindo perdão por não ter conseguido proteger ela. Dizendo também que foi agredido e mostrando os hematomas. Mas depois, ligando os pontos, a gente percebeu que ele falava mais dele do que dela”, relata a parente.
A mulher também conta que, após as prisões dos dois homens envolvidos no crime, Leonardo não demonstrava interesse em acompanhar o caso. Segundo ela, ele pedia para que os familiares parassem de usar hashtags e marcar autoridades nas redes sociais cobrando a solução do caso.

Os esforços de Leonardo em chamar atenção para si e elementos estranhos na história que contava levantaram as suspeitas do tio de Kaianne. Ele conta que não era próximo de Leonardo e que ficou desconfiado em várias situações, chegando a ser repreendido pela esposa por fazer muitas perguntas.

O tio foi à residência do casal depois que o crime aconteceu. “E ele dizia: ‘Olha, me torturaram. Olha aqui, olha o meu pulso, (a marca) das amarras.’ E realmente tava marcado. Tinha uma marca roxa das amarras, só isso”, conta Luciano.

Um dos motivos para que ele desconfiasse foi quando Leonardo narrou ter ouvido a mulher dando as senhas de dez cartões e depois afirmou que nenhum cartão havia sido levado. Outra inconsistência foi o fato de o casal ter sido amarrado em cômodos diferentes da casa.

“A gente sabe que colocam é os dois juntos. E aí torturam um na frente do outro, que é pro outro ficar com pena e entregar logo tudo. Se o problema era dinheiro, era assim que teria que ser feito, pelo menos é o que a gente vê nos filmes”, comentou Luciano.
De acordo com o delegado Gustavo Pernambuco, Leonardo fez questão de procurar a Delegacia Metropolitana de Aquiraz para realizar o exame de corpo de delito. A motivação poderia ser para deixar comprovado que ele também havia sido agredido na ação.

As investigações também apuraram que Leonardo estava de passagens compradas para ir a Portugal. Ao ser perguntado, ele teria explicado que havia feito um acordo com Kaianne para que, caso um deles dois morresse, o sobrevivente jogaria as cinzas do outro em um lugar de Portugal. Segundo o delegado, a viagem poderia ser uma tentativa de fuga.

Reviravolta no caso

A morte de Kaianne Bezerra começou a ser investigada como um latrocínio, nome usado para roubos seguidos de homicídio.

Na madrugada do sábado, 26 de agosto, dois homens invadiram a residência do casal, amarraram e agrediram os dois. Kaianne foi atingida com um pedaço de madeira e não resistiu aos ferimentos. Ela também levou socos em diversas partes do corpo e foi sufocada com o uso de um travesseiro.

Três dias após o crime, a Polícia Civil prendeu duas pessoas apontadas como executoras do latrocínio. O motorista de aplicativo Adriano Andrade Ribeiro, de 39 anos, foi encontrado com pertences da vítima em um imóvel do bairro Jardim das Oliveiras, em Fortaleza. No mesmo dia, foi feita a apreensão do adolescente de 16 anos em uma residência no bairro Tancredo Neves.

Segundo o delegado Gustavo Pernambuco, diversos fatores levaram à reviravolta no caso, que passou a ter a principal linha de investigação a hipótese de que Leonardo tenha sido o autor intelectual de feminicídio com intenção de obter o dinheiro do seguro de vida.

Ao tentar reconstituir os acontecimentos de antes do crime, os depoimentos dos dois envolvidos e de Leonardo tinham divergências.
Houve desconfiança quanto à facilidade que os dois homens tiveram para entrar na casa, além do excesso de informações que eles tinham para realizar a ação.
Ter as duas vítimas amarradas em cômodos diferentes demonstrou uma dinâmica diferente em relação aos casos de latrocínio.
Como os executores usaram um carro de aluguel com GPS, foi possível identificar que eles estiveram no estacionamento de um shopping antes do crime. As imagens em vídeo revelaram o encontro deles com Leonardo, que durou cerca de dez minutos.

“Ali a gente descobriu que tudo o que estava sendo passado tratava-se de uma farsa, de um teatro que provavelmente foi feito pelo marido da vítima”, detalha o delegado. Ao confrontar os dois homens detidos sobre o encontro com Leonardo, eles confessaram o envolvimento do marido da vítima.

Outro detalhe apurado na investigação foi que o que Leonardo teria prometido aos dois homens envolvidos. No primeiro momento, eles poderiam levar qualquer objeto da residência. Posteriormente, eles receberiam uma parte do seguro de vida de Kaianne.

Chacina do Lagamar: suspeito de participar nas quatro mortes é preso em Fortaleza

Rafael ‘Touchê’ foi capturado mais de um ano após o crime no Bairro São João do Tauape.

Rafael Barros dos Reis, de 40 anos, foi preso suspeito de participar em uma chacina na comunidade do Lagamar, Bairro Alto da Balança, em Fortaleza. Ele foi capturado nesta terça-feira (11), mais de um ano após o crime — registrado em fevereiro de 2022. A chacina deixou quatro homens mortos.

“Rafael Touchê”, como é conhecido o suspeito, foi preso em uma casa no Bairro São João do Tauape. Ele tem várias passagens pelos crimes de homicídio, posse e porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas, roubo e dano.

Segundo informações da Polícia Militar, o primeiro corpo foi encontrado na Rua Sousa Pinto. Já o segundo, na Travessa Capitão Aragão. Mais adiante, ainda no Lagamar, outro corpo foi achado. A quarta vítima, do sexo masculino, foi encontrada só de cueca nas proximidades de um canal.

Um mandado de prisão foi solicitado ao poder Judiciário por homicídio. Após ação integrada, os policiais civis conseguiram identificar o local onde ele se encontrava. Rafael foi conduzido ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), unidade especializada da Polícia Civil. Agora, Rafael está à disposição da Justiça.

Ruptura em facção motivou chacina

Testemunhas ouvidas na comunidade do Lagamar, em Fortaleza, afirmaram que as mortes teriam sido motivadas por uma ruptura dentro da própria facção que atua no local.

As informações obtidas por pessoas que falaram com a reportagem sob condição de anonimato dão conta que as quatro pessoas moravam na comunidade e foram atingidas a tiros após dois suspeitos chegarem em uma moto e em um carro.

Funcionário de escola é preso suspeito de assalto que levou R$ 100 mil da diretora, em Fortaleza

O crime foi filmado e as imagens mostram a diretora sendo rendida no chão pelo criminoso. O dinheiro seria para pagar os salários dos funcionários da escola.

O funcionário de uma escola e outras duas pessoas foram presas nesta terça-feira (12) suspeitos de envolvimento em um assalto à diretora de um colégio de Fortaleza. O crime foi filmado por uma testemunha (veja no vídeo acima) e é possível ver o assaltante levando uma bolsa com dinheiro, que continha cerca de R$ 100 mil.

O assalto aconteceu no último dia 6, no Bairro Tancredo Neves. Foram presos três homens com uma quantidade em dinheiro em espécie. Eles foram levados ao 13º Distrito Policial, no Bairro Cidade dos Funcionários.

Segundo a Polícia Civil, durante as investigações os agentes identificaram que Natanael Freitas da Silva, de 21 anos, funcionário da instituição, foi o autor intelectual do crime e teria passado informações aos comparsas para realizar o assalto. Ele foi preso em um imóvel no Bairro Jardim das Oliveiras.

Os outros dois suspeitos foram identificados como sendo José Luciano de Oliveira Júnior, de 23 anos, com passagens por roubos e crime contra a paz pública, e Paulo Roberto da Silva Fernandes, de 31 anos, conhecido como “Kim”, com passagens por tráfico de drogas. A dupla foi capturada no Centro da capital.

No vídeo feito pela testemunha, a diretora aparece deitada no chão, rendida, enquanto o assaltante armado pega a bolsa no carro dela.

O vídeo mostra ainda o homem indo em direção a uma motocicleta com a arma e o dinheiro na mão. A quantia seria usada para o pagamento dos funcionários da instituição.

Mulher é mantida refém com faca no pescoço no Ceará; criminoso é preso

Homem havia cometido outro crime antes de manter mulher refém, usando a mesma arma.

Uma dona de casa foi mantida refém com uma faca no pescoço por quase uma hora, na quinta-feira (7), em Massapê, a 244 km de Fortaleza. O suspeito havia cometido outro crime momentos antes, usando a mesma arma, e manteve a mulher refém para tentar evitar um linchamento de pessoas que o perseguiam.

Segundo a Polícia Militar, o homem havia esfaqueado um amigo durante uma discussão em um bar, gerando revolta contra o suspeito e a perseguição contra ele.

A mulher escapou ilesa após negociação com policiais, e o homem com a faca foi preso.

A polícia afirmou que, para não ser linchado pela população, o criminoso invadiu a residência da dona de casa e a fez de refém. O homem ficou quase uma hora com a faca no pescoço da dona de casa.

Moradores chamaram a Polícia Militar e os agentes negociaram com o suspeito que se entregou à polícia. No local, as composições policiais apreenderam duas facas, três trouxinhas de maconha, R$ 289 em espécie, um relógio, uma chave, um documento de identidade e um alvará de soltura.

O suspeito identificado como Cleber Souza Damasceno Filho, 19, foi preso. Ele já respondia por tráfico de drogas. Suspeito foi preso e encaminhado para a Delegacia Regional de Sobral.

Marido suspeito de encomendar morte da própria esposa pediu que família parasse de cobrar a polícia

Kaianne Bezerra foi morta em casa, quando homens invadiram supostamente para roubar a residência. Conforme as investigações, Leonardo Nascimento Chaves teria encomendado o crime em razão de uma dívida de R$ 90 mil.

Leonardo Nascimento Chaves, homem suspeito de mandar matar a própria esposa, enviou mensagens aos familiares pedindo que diminuíssem as cobranças à polícia sobre o caso.

Kaianne foi morta no fim de agosto em Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza. A princípio, a morte da contadora foi considerada roubo seguido de morte.

No entanto, em uma reviravolta, o ex-marido foi preso nesta quarta-feira (6) suspeito de ser o mandante do crime. Ele teria encomendado o assassinato para ficar com R$ 90 mil do seguro de vida da contadora Kaianne Bezerra Lima Chaves. Leonardo tinha passagens compradas para ir a Portugal, mas a viagem foi cancelada após ele se tornar alvo da investigação.

O suspeito enviou mensagens aos familiares reclamando sobre as publicações deles nas redes sociais cobrando uma resolução do caso. “Vamos reduzir essas postagens, de ficar cobrando, pq a polícia já fez 90% do trabalho dela”, disse ele em uma das mensagens aos familiares de Kaianne.

“Eu me sinto mal toda vez que abro meu insta e vejo todos os familiares repostando os vídeos pedindo justiça”, reclamou Leonardo em outra mensagem.

Antes de ser considerado suspeito, Leonardo disse à polícia que a residência havia sido invadida por dois homens armados. Eles teriam amarrado ele e a mulher em cômodos diferentes. Kaianne foi espancada e morreu com o golpe de um objeto contundente no pescoço.

Kaianne Bezerra Lima Chaves, de 35 anos, foi assassinada na casa onde morava. Anteriormente, um motorista de aplicativo e um adolescente foram capturados suspeitos de participação no crime. Contudo, a investigação seguiu e os policiais civis identificaram a participação direta de Leonardo.

A prisão dele foi realizada por equipes da Delegacia Metropolitana de Aquiraz. Ele foi localizado quando saía da casa de familiares da vítima, em Fortaleza. Leonardo foi indiciado por feminicídio e colocado à disposição da Justiça. A Polícia Civil segue realizando diligências para elucidar os fatos, bem como identificar outros envolvidos no crime.

Câmera flagrou encontro entre suspeitos

A câmera de segurança de um shopping flagrou o encontro do marido da Kaianne Bezerra com os dois suspeitos de assassinar a vítima na casa do casal no dia 26 de agosto, em Aquiraz. As imagens levaram à reviravolta do caso, inicialmente investigado como latrocínio (roubo seguido de morte), e à prisão de Leonardo Nascimento.

“Com a experiência que a gente tem desses fatos, a gente percebeu uma certa facilidade pros criminosos entrarem na casa. Quando a gente faz uma segunda oitiva desse crime, apuramos informações que não batiam com o que criminoso dizia, foi quando a gente viu que ele não era vítima, mas autor do crime”, disse o delegado Gustavo Pernambuco.
Polícia detalha investigação que prendeu suspeito de matar a própria mulher em Aquiraz

As imagens que constam no inquérito mostram que no dia do crime Leonardo encontrou o motorista de aplicativo Adriano Andrade Ribeiro e um adolescente no estacionamento do shopping por volta das 20h35, momentos antes da residência da vítima ser invadida.

Durante o encontro, Leonardo e a dupla conversaram por cerca de dez minutos próximo ao carro do viúvo, que ficou com o capô levantado.

Simulação de assalto
Conforme as investigações, após deixar o estabelecimento, Leonardo foi para casa e iniciou a simulação do assalto que levou à morte da esposa.

No entanto, após avanço da investigação, a Polícia Civil descobriu que o assalto foi uma armação para encobrir o assassinato planejado pelo marido. Ele inclusive pediu que os assaltantes o agredissem para reforçar o álibi de que o casal havia sido vítima de assalto e agressões.

Prisões

Três dias após o crime, a Polícia Civil prendeu o motorista de aplicativo Adriano Andrade Ribeiro, de 39 anos, e apreendeu o adolescente de 16 anos, apontado como os executores.

O homem foi preso com pertences da vítima em um imóvel no Bairro Jardim das Oliveiras, em Fortaleza. Já o adolescente foi apreendido em uma residência no Bairro Tancredo Neves.

Dando prosseguimento às investigações, os policiais civis conseguiram identificar a participação direta de Leonardo, como autor intelectual da morte da esposa.

‘Frio e calculista’
Para um familiar de Kaianne, que terá a identidade preservada, desde o início Leonardo contou versões contraditórias para a família da contadora.

“Na noite do crime ele nos disse que tinham ido lanchar no shopping, quando recebeu a ligação de um vizinho avisando que ele havia deixado o carro com o farol ligado em frente de casa. Aí eles voltaram, ele apagou o farol, deixou ela em casa e saiu para comprar janta. Se eles tinha lanchado, por que ele ia sair de novo para comprar janta? Depois disse que botou para esquentar no micro-ondas e foi regar as plantas. Se ele acabou de comprar essa janta veio fria? Tinha muita coisa que não estava batendo”, falou o parente.

Ainda segundo o parente, ele foi o único a desconfiar de Leonardo, o que fez com que outros membros da família ficassem chateados, pois acreditavam na versão do viúvo.

“No velório, não derramou uma lágrima. Depois disse que eles tinham um acordo de cremar o corpo e jogar as cinzas pelo mundo. Já estava até com passagem comprada. Psicopata. Ele é frio e calculista”, disse o familiar da contadora.

A polícia descobriu que Leonardo estava com passagem comprada para Portugal e planejava deixar o país. Ele foi capturado quando saía da casa da sogra.

“A família está toda abalada”, relatou o familiar de Kaianne.