‘Golpe do amor’: homem é preso após seduzir e enganar mais de 20 mulheres no DF

Suspeito teria lucrado mais de R$ 500 mil com esquema. Polícia Civil diz que vítimas eram mães solteiras, entre 30 e 45 anos, que tinham acabado de se mudar para capital.

Um homem de 42 anos foi preso, na manhã desta sexta-feira (15), suspeito de estelionato contra, pelo menos, 26 mulheres, no Distrito Federal. De acordo com as investigações, após criar intimidade com as vítimas, ele pedia dinheiro, prometendo que devolveria os valores. O suspeito teria lucrado mais de R$ 500 mil com o esquema.

A Polícia Civil aponta que os alvos do suspeito eram mães solteiras, entre 30 e 45 anos, com estabilidade financeira e que tinham chegado recentemente na capital (veja detalhes abaixo). O caso é investigado pela 26º Delegacia de Polícia, em Samambaia Norte.

O homem se identificava como Wagner Oliveira. Dependendo do perfil da rede social, o homem afirmava ter uma profissão. Em uma delas, ele dizia ser cantor. Em outra, o suspeito afirmava ser empresário do agronegócio. Wagner dizia ainda ter duas filhas. Já em outro perfil, ele usava o apelido “Gui” (veja fotos abaixo).

Ele é investigado por estelionato em continuidade delitiva, apropriação indébita, coação no curso do processo e furto. Se condenado, ele pode pegar até 18 anos de prisão.

Esquema

De acordo com a Polícia Civil, o homem tinha vários perfis em redes sociais e aplicativos de namoro. Após identificar os “alvos”, ele começava a conversar com as mulheres e pedia o número do WhatsApp das vítimas. No outro aplicativo, o homem continuava a criar intimidade com elas.

Em seguida, de acordo com as investigações, o suspeito prometia amor, fidelidade e constituição de uma família. Depois que conseguia envolver as vítimas emocionalmente, ele pedia dinheiro emprestado, financiamento e que elas comprassem bens para ele.

Em todas as vezes, o homem prometia que os valores gastos pelas vítimas seriam devolvidos nos próximos dias. Ele afirmava que iria receber por um suposto acerto trabalhista, venda de imóvel ou lucro de loja ou empresa que ele estava abrindo.

Ao depor, as vítimas contaram que, depois que conseguia o que queria, ele se tornava agressivo e passava a ameaçar e ofender as mulheres. O homem as intimidava para que elas não registrassem boletim de ocorrência na polícia. Em seguida, de acordo com a investigação, ele criava novos perfis em redes sociais para fazer novas vítimas.

A Polícia Civil identificou, pelo menos, 26 vítimas. No entanto, os investigadores suspeitam que outras mulheres possam ter sido alvo do homem no DF e também em outros estados, principalmente em Goiás.

 

Clientes que tiveram fotos nuas vazadas relatam que dona de clínica procurou vítimas para se defender: ‘história totalmente fantasiosa’

Dona da clínica, denunciada por gravações, negou o crime, afirmou que teve o celular hackeado e que foi vítima de extorsão. Polícia investiga o caso.

As clientes de uma clínica de estética de Fortaleza que denunciaram ter sido filmadas nuas, sem autorização, pela dona do estabelecimento contaram ao g1 que a proprietária criou um grupo de WhatsApp com as vítimas para afirmar que era inocente.

Conforme os depoimentos de três testemunhas, após a exposição das imagens das clientes por um suposto hacker na última segunda-feira (11), a dona da clínica, Val Silveira, reuniu uma série de vítimas no grupo do WhatsApp e apresentou sua versão da história.

“Ela criou um grupo, me colocou e colocou outras vítimas. O nome do grupo era ‘Vou provar que eu sou inocente’. Ela criou uma fantasia tão grande, que foi o que me trouxe mais nojo. Ela mesma foi na delegacia fazer um B.O, com uma história totalmente fantasiosa”, contou a profissional de marketing Beth Campêlo, uma das mulheres filmadas sem consentimento.

Val também enviou o boletim de ocorrência (BO) que registrou na Polícia. Em depoimento, a proprietária da clínica disse que foi alvo de uma quadrilha que instalou aplicativos que permitiam controlar o celular dela. Conforme a empresária, os criminosos fizeram as filmagens das clientes nuas sem que ela soubesse.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Ceará afirmou que investiga a denúncia de crime contra a dignidade sexual, praticado em ambiente virtual, conforme relatam as clientes que tiveram imagens íntimas vazadas. A Delegacia de Defraudações e Falsificações destacou que a dona da clínica também registrou um boletim de ocorrência em que afirma que teve seu perfil invadido.

Em um dos áudios enviados às vítimas, ao qual o g1 teve acesso, Val afirma que está de consciência limpa.

“O que é que eu vou dizer para vocês: eu tô passando por muita coisa que eu não falar tudo porque é coisa minha, mas isso aí que foi exposto eu passei tudo para a polícia, vai ter uma investigação. Quem não acredita em mim, eu entendo perfeitamente, é direito da pessoa não acreditar, mas a polícia está investigando. Eu me resguardei porque minha consciência está limpa e meu caráter também”, disse a dona da clínica.

Em conversa com a reportagem, Val afirmou que era extorquida por um homem com quem se relacionava online e pelos comparsas dele. Ao g1, a mulher afirmou que gravou os vídeos sob coação por ordem da quadrilha e que não sabe qual o destino das imagens.

A informação é diferente da que consta no boletim de ocorrência prestado pela dona da clínica, ao qual o g1 teve acesso. No documento, ela afirma que a quadrilha teria instalado aplicativos que davam acesso a todo o sistema do seu celular, e que nunca fazia vídeos das clientes por conta própria, apenas fotos.

Mulheres eram filmadas enquanto se trocavam

Conforme uma vítima que prefere não se identificar relatou ao g1, ela frequentava a clínica há cerca de dois meses para fazer serviços de drenagem após ter passado por uma cirurgia no abdômen.

“Ela sempre filmava a gente sem a gente perceber. Ela ficava em um canto sentada, numa mesinha que ela tinha, enquanto a gente botava a cinta ou alguma coisa do tipo, porque como era um procedimento muito invasivo, que também pegava as partes íntimas, querendo ou não a gente tinha que ficar sem roupa, mas em nenhum momento a gente esperava que tava sendo filmada”, desabafa.
A vítima duvida da versão apresentada por Val Silveira, de que a filmagem era feita por terceiros por meio de um aplicativo que controlava seu celular.

“Eu não sabia que estava sendo filmada e ela alega que o celular dela foi invadido, que colocaram um aplicativo que ele filmava 24 horas, sendo que isso é mentira, entendeu? Porque tem algumas filmagens que aparece eu nem olhando para câmera, eu totalmente olhando para o outro lado, então assim ela filmava essas clientes indevidamente, sem a nossa autorização”, completa.

Vídeo do Fantástico de novembro mostra como aplicativos estão sendo usados para falsificar nudes:

Vítimas se preocupam para onde imagens foram enviadas
Além de denunciar a gravação sem consentimento, as mulheres filmadas também denunciam a exposição que estão sofrendo nas redes sociais e temem que os vídeos gravados estejam circulando em outras plataformas.

No dia em que começou a publicação dos vídeos, o suposto hacker afirmou que a dona da clínica estava vendendo os vídeos que gravava das clientes. No entanto, quem respondeu às publicações para receber mais provas, conforme pedia o suposto hacker, não recebeu respostas sobre para onde os vídeos eram enviados ou mesmo se eram enviados para algum espaço.

“A gente não sabe de site, a gente não sabe para quem foi que ela vendeu. Dizem que para pessoas de fora, dizem que é para homens que têm dinheiro. Eu não sei”, afirmou a vítima ao g1.

“A pessoa [que está postando] disse que tem vários vídeos, vários vídeos que ela fez, não foi só um nem dois, são vários. Ou seja, eu fui para lá mais de 30 vezes, então deve ter muitos vídeos meu ainda para rolar”, lamenta.

O g1 conversou com uma outra cliente da clínica. Ela buscou a reportagem após descobrir que sua irmã e uma colega, que frequentavam o local, haviam sido filmadas nuas sem consentimento. Conforme esta cliente, a dona da clínica costumava fingir que estava usando o celular para outros assuntos enquanto filmava as vítimas.

“Quando você vai fazer um procedimento assim estético, você fica mais à vontade, a pessoa está ali de costas, nem percebe que está sendo filmada, e você vê ali que ela fica geralmente em uma cadeirinha mexendo no celular, como se estivesse mandando áudio, como se estivesse mandando mensagem, enquanto você está se trocando. Mas ela não está mexendo no celular, gravando áudio, fazendo outra coisa, ela está filmando você”, afirma.
Esta segunda cliente também destacou que as filmagens não ocorriam no momento em que a dona da clínica ia registrar o resultado dos procedimentos, prática comum no mercado.

“Ela realmente pede para tirar foto do antes e do depois. Só que os vídeos publicados não são de antes e depois. E mesmo que fossem, era para ser foto da pessoa vestida de biquíni, não da pessoa nua. Porque a pessoa não autorizou isso. Os vídeos que foram publicados foram de outros momentos, quando a pessoa está ali se trocando para subir na maca e ela tá ali escondidinha, fingindo que tá mexendo no celular, quando, na verdade, ela tá filmando”, completou.

Assim como a primeira vítima com quem o g1 conversou, a segunda cliente tem receio de onde os vídeos gravados possam ter sido compartilhados. “Minha colega, ela não está saindo para trabalhar, ela não tá se alimentando, ela tá muito nervosa porque a gente não sabe onde é que esses vídeos foram parar”, revela.

Dona da clínica diz que foi hackeada e vítima de extorsão
Em entrevista ao g1, a dona da clínica, compartilhou o boletim de ocorrência com a reportagem. Conforme a mulher, ela vinha mantendo um relacionamento online com um suposto empresário de São Paulo, e os dois teriam marcado um encontro presencial em novembro em Fortaleza.

De acordo com a mulher, o homem não apareceu no encontro, mas enviou um grupo de pessoas que teriam roubado seus celulares e afirmado que iriam controlar sua clínica. No período entre o encontro e a publicação indevida das imagens, ela diz ter sido extorquida em cerca de R$ 10 mil.

No boletim de ocorrência, ela também diz que o grupo instalou aplicativos que permitiam controlar seu celular e que eles haviam feito as filmagens sem o seu consentimento.

Em conversa com o g1 na tarde da terça-feira (12), contudo, a dona da clínica contou que ela mesmo havia feito as gravações, mas que estava sendo obrigada a gravar as clientes pelo grupo, e que não sabia qual o uso que eles fariam das imagens.

Ela também disse que o grupo vinha controlando as suas redes sociais há algum tempo, e que os vídeos começaram a ser publicados após descumprir as ordens deles.

Apontado como organizador de arrastões em Copacabana escolhia menores de várias regiões para que fuga fosse dispersada

Segundo fontes ouvidas pelo RJ2, menores apreendidos em arrastões apontaram Marcos Vinicius, o MV, como o organizador. Ao ser preso, ele disse aos investigadores que estava do outro lado da rua observando quando empresário foi nocauteado durante arrastão.

O jovem de 21 anos preso nesta quarta-feira apontado como organizador de arrastões em Copacabana aliciava adolescentes de várias comunidades do Rio para praticar os crimes, segundo fontes ouvidas pelo RJ2.

Os investigadores apontam que a escolha por menores de diferentes regiões era para que, após os furtos e assaltos, não fossem todos embora na mesma direção e, assim, dificultar o trabalho da polícia.

Marcos Vinicius Pereira Paiano, conhecido como MV, foi surpreendido logo pela manhã por policiais civis da delegacia de Copacabana (13ª DP). Ele dormia na casa do pai, em Mesquita, na Baixada Fluminense, quantos os agentes chegaram.

O RJ2 apurou que alguns menores que foram apreendidos depois de arrastões disseram que era ele quem organizava tudo.

“Ele é o fomentador desse bando. Ele é o responsável por angariar esses jovens que iam para a praia de Copacabana para praticar delitos de roubo e de furto”, disse a diretora do Departamento-Geral de Polícia da Capital, Raissa Celles.

Oito passagens

MV tem 8 passagens pela polícia, quase todas por roubos e furtos. A primeira foi em 2018, quando ainda era adolescente, com 16 anos. Muitos desses casos foram em Copacabana.

Marcos Vinicius ficou 2 anos preso por roubo e foi solto em fevereiro desse ano.

MV também é suspeito num caso de roubo seguido de morte, a do auxiliar de imigração Leonardo Alves Quintanilha, de 28 anos, no fim de novembro.

A vítima foi alvo de ladrões em um ponto de ônibus na Glória, foi agredida e acabou morrendo. A participação de MV é investigada.

Arrastão de 2 de dezembro

O g1 apurou que o arrastão do dia 2, quando o empresário Marcelo Rubim Benchimol acabou desacordado ao levar um soco, foi organizado por MV.

O rapaz que desferiu o golpe, Vitor Hugo de Oliveira Jobim, de 22 anos, foi preso na semana passada, também na Baixada.

Segundo a polícia, Marcos Vinicius confessou informalmente aos investigadores que estava do outro lado da rua — observando o crime.

 

Idoso é espancado pelo próprio filho dentro de casa no interior de SP

Vicente de Jesus Rodrigues foi internado após ser alvo de soco, chute e cadeirada. Crime aconteceu em Jacupiranga (SP) e o filho agressor está solto.

Um idoso, de 81 anos, foi espancado pelo próprio filho, de 44, em Jacupiranga, no Vale do Ribeira, no interior de São Paulo. Segundo apurado pelo g1, Vicente de Jesus Rodrigues foi alvo de soco, chute e uma cadeirada. Ele precisou levar pontos no cabeça e no rosto e está internado.

O crime aconteceu na casa onde o idoso mora com a esposa, de 74 anos, e o próprio filho e agressor Mauro Souza Rodrigues, no bairro Novo Botujuru. Segundo o feirante Marcelo Souza Rodrigues, outro filho do casal, o desentendimento teria começado após o idoso questionar uma atitude de Mauro.

“Aquilo lá é um monstro, ele não é a gente não”, desabafou Marcelo, sobre o irmão mais velho.
Ele explicou que mora em Itariri e os pais moram em Jacupiranga com Mauro, que é usuário de drogas. De acordo com Marcelo, a mãe tem problemas na visão por conta da diabetes e sofreu uma queda no domingo (10) ao tentar alcançar um item na cozinha.

Vicente e Mauro a ajudaram a levantar, até que o filho passou a fazer sinais benzendo a mãe com uma vara e foi questionado pelo idoso sobre o gesto. A pergunta foi suficiente para que Vicente fosse xingado pelo próprio filho. No entanto, o idoso ignorou Mauro e começou a mexer em uma bicicleta.

“Quando foi se abaixar para mexer no freio da bicicleta, só viu a cadeirada que veio. Ele [Mauro] deu a cadeirada, deu um soco e chute no meu pai […]. Logo em seguida, os vizinhos viram e chamaram a polícia”, descreveu Marcelo.

Segundo o feirante, o irmão fugiu e foi encontrado tentando entrar em uma casa abandonada, enquanto o idoso foi socorrido. Vicente foi atendido na própria cidade e, em seguida, transferido para o Hospital Regional de Pariquera-Açu. Ele levou 21 pontos entre a cabeça e o rosto e segue em observação, pois sente tonturas.

Em nota, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, que administra a unidade, informou que não possui autorização para dar informações e, “por se tratar de um caso com potencial tentativa de homicídio, por protocolo, a vítima é preservada”.

Agressor solto
Mauro foi preso no dia do crime, mas liberado em audiência de custódia na segunda-feira (11). “A revolta da família é essa, não deu nem 24 horas e já soltaram ele”, lamentou Marcelo. De acordo com ele, o caso foi registrado como lesão corporal, mas deveria ter sido considerado tentativa de homicídio.

Em nota, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que o processo tramita em segredo de Justiça e as informações são de acesso restrito às partes e advogados. O órgão ainda ressaltou que não se pronuncia sobre questões jurisdicionais.

“Os magistrados têm independência funcional para decidir de acordo com os documentos dos autos e seu livre convencimento. Essa independência é uma garantia do próprio Estado de Direito. Quando há discordância da decisão, cabe às partes a interposição dos recursos previstos na legislação vigente”, disse, em nota.

Defesa
Às autoridades, Mauro confessou que agrediu o pai. Ele disse que, na ocasião, escutou um barulho na cozinha e encontrou a mãe com machucados no olho e nas pernas. Apesar de a mulher ter dito que caiu no chão, ele acreditou que ela tinha sido agredida pelo pai.

Mauro ainda disse que questionou o idoso, mas Vicente o ameaçou e pegou uma cadeira para agredir o filho, atingindo a boca dele. Por isso, o homem teria iniciado as agressões. Ele ainda contou que desistiu de continuar a bater no pai quando um vizinho interviu. Por isso, resolveu sair da residência sem destino certo.

Procurada pelo g1, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que o homem foi preso em flagrante e o caso foi registrado como lesão corporal no Plantão da Delegacia Seccional de Jacupiranga. O indiciado foi encaminhado para a Cadeia Pública de Registro. No entanto, a pasta afirmou que não se manifesta sobre audiência de custódia.

Técnica de enfermagem foi morta por recusar relação sexual com criminoso, diz polícia

José Leonardo da Costa Damasceno é apontado como autor do crime e está foragido. Ele foi autuado por feminicídio.

A técnica de enfermagem Maria Clara Barbosa Ramos, de 20 anos, encontrada morta após a saída de uma festa no início do mês de novembro, em Fortaleza, foi assassinada por se recusar a manter relações sexuais com o suspeito do crime, conforme as investigações da Polícia Civil.

O suspeito do crime é José Leonardo da Costa Damasceno, vulgo Leo ou Gordim, de 20 anos. Nesta terça-feira (12) a foto e a identificação dele foi divulgada pela polícia.

Maria Clara é natural do Rio Grando do Norte e estava na capital cearense a passeio. Ela foi vista pela última vez no dia 13 de novembro, quando saiu para uma festa na Rua Anita Graibaldi, no Bairro Serrinha, na companhia de uma colega.

Um dia depois o corpo dela foi encontrado em um matagal no Bairro Sabiaguaba. A região fica a cerca de 20 quilômetros de distância do local da festa.

Investigações apontam que a técnica de enfermagem conheceu José Leonardo no evento, foi atraída para a residência dele e morta por se recusar a manter relações sexuais.

A Polícia Civil pediu prisão preventiva de José Leonardo, que está foragido e foi indiciado pelo crime de feminicídio.

Como denunciar

As informações podem ser repassando para o número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ou para o (85) 3101-0181, que é o número de WhatsApp, por onde podem ser feitas denúncias via mensagem, áudio, vídeo e fotografia;
As denúncias também podem ser encaminhadas para o telefone (85) 3257-4807, do DHPP, que também é o WhatsApp do Departamento. O sigilo e o anonimato são garantidos.

 

Baiano suspeito de matar companheira confessa crime à polícia e é preso em São Paulo

Casal era natural de Inhambupe, no interior da Bahia, mas morava na Grande São Paulo há cinco anos.

O baiano suspeito de matar a companheira de 26 anos foi preso em São Paulo na terça-feira (12). O crime aconteceu na cidade de Jandira, a 35 km da capital paulista, mas o casal é natural de Inhambupe, a cerca de 170 quilômetros de Salvador.

O crime aconteceu na segunda-feira (11) e, de acordo com a Polícia Civil de São Paulo, o suspeito foi identificado como Alberto Antônio Silva dos Santos, de 33 anos.

Ele acionou a Polícia Militar e confessou ter matado a companheira, Thamires Ramires Nascimento. Porém, quando os PMs chegaram no local, ele já havia fugido.

O homem se apresentou espontaneamente na delegacia da cidade na terça-feira, quando o mandado de prisão preventiva foi cumprido. Nesta quarta (13), ele segue preso no local.

Não foram divulgados detalhes sobre a morte da jovem, como a motivação do crime e a forma como ela foi assassinada.

Histórico de violência

De acordo com a família da vítima, ela morava com o suspeito em São Paulo há cinco anos e era agredida com frequência, mas nunca havia denunciado o marido à polícia.

Apesar disso, conforme parentes, ela planejava se separar do suspeito e já tinha, inclusive, comprado eletrodomésticos novos, para que conseguisse ficar na casa onde vivia quando o homem fosse embora. O suspeito ainda morava com Thamires, porque não tinha para onde ir, de acordo com eles.

O corpo da Thamires será levado para Inhambupe, onde será velado e sepultado.

No dia em que foi morta, ela se preparava para viajar para a cidade natal, onde passaria as festas de final de ano com a família.

Mulher ateia fogo ao marido dentro de peixaria, e homem morre dias depois

O caso é investigado pela 38ª DP (Brás de Pina). A motivação do crime não foi esclarecida.

Uma mulher colocou fogo no marido em um estabelecimento comercial na Zona Norte do Rio de Janeiro. O caso, que aconteceu na segunda-feira (4) foi registrado por uma câmera de segurança. Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada desta sexta (8).

As imagens mostram Ana Maria Paixão jogando um líquido inflamável, acendendo um isqueiro e depois incendiando o corpo de André Chapeta, de 50 anos.

Após o fogo se alastrar, ele corre em chamas em direção ao interior do estabelecimento comercial que, segundo testemunhas, é uma peixaria.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, os agentes foram acionados e socorreram a vítima, que foi encaminhada ao Hospital Getúlio Vargas.

O caso é investigado pela 38ª DP (Brás de Pina). A motivação do crime não foi esclarecida.

Ana Maria foi levada para a delegacia na manhã de quinta (7). A polícia pediu a prisão na Justiça, mas ainda não obteve resposta. Por conta disso, ela foi liberada à noite.

A mulher foi conduzida para a delegacia, mas não havia informações se ela havia sido presa até a última atualização desta reportagem.

 

Sem carteira de habilitação e com moto sem placa, militar da Aeronáutica fura blitz e atropela PM na Ilha

Segundo a Operação Lei Seca, Leonardo Souza Batista parecia estar bêbado. O atropelador foi preso em flagrante e poderá ser expulsão da Força Aérea Brasileira (FAB).

Um policial militar foi atropelado no último sábado (2) por uma moto enquanto dava apoio a uma operação da Operação Lei Seca. O atropelamento aconteceu na Ilha do Governador, na Zona Norte, e o motociclista é um militar da Aeronáutica que não tem habilitação e não respeitou o pedido de parada.

O PM vítima está internado no Hospital Central da Polícia Militar (HCPM), no Estácio, enquanto o atropelador está preso e poderá ser expulso das forças armadas.

O incidente aconteceu na Estrada do Galeão, na madrugada de sábado, pouco depois das 3h, e a poucos metros da 37ª DP (Ilha), mas as imagens só foram divulgadas agora.

O PM Carlos do Nascimento, de 36 anos, colocava os cones do bloqueio quando foi atingido pelo motociclista Leonardo Souza Batista. Nascimento foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado para o HCPM com uma fratura na perna esquerda e lesões em um dos braços.

De acordo com a Polícia Militar, um outro militar que estava na blitz também se machucou e foi levado para o Hospital Municipal Evandro Freire, também na Ilha, e foi preso em flagrante.

Segundo os agentes da Lei Seca, ele parecia estar bêbado, não tem habilitação e a moto estava sem placa. Leonardo Souza Batista vai responder um processo criminal.

De acordo com Felipe Infante Almeida, supervisor da Operação Lei seca, antes do acidente, o atropelador teria passado nas imediações da blitz debochando dos agentes que trabalhavam no local.

“Um motociclista passou pela operação por três vezes debochando dos policiais que estavam ali trabalhando, estourando o cano de descarga da motocicleta, quando na terceira vez voltando, passando pela operação, os policiais ao avistarem o motociclista fizeram um posicionamento na via para abordagem do mesmo. E ao tentar abordá-lo, ao invés dele parar na baia de abordagem, ele acelerou e jogou a motocicleta na direção dos policiais”, lembrou o capitão.

A Força Aérea Brasileira (FAB) disse que acompanha o caso e está ajudando a Polícia Civil nas investigações. A FAB destacou ainda que está tomando as medidas administrativas cabíveis para a exclusão do militar das suas fileiras.

A instituição disse também que o comando da Aeronáutica repudia condutas que não representam a instituição.

O caso foi registrado na 37ª DP (Ilha) e encaminhado para a 21ª DP (Bonsucesso).

 

PF prende norte-americano suspeito de fraudes, lavagem de dinheiro e evasão de divisas em hotel de luxo no Rio

Justin Christopher Murphy, de 48 anos, foi preso após solicitação da Embaixada dos Estados Unidos. Mandado de prisão preventiva foi expedido pelo STF.

A Polícia Federal prendeu, na última quarta-feira (6), em um hotel de luxo da Barra da Tijuca, um norte-americano que estava foragido da Justiça dos Estados Unidos pela suspeita de envolvimento em uma série de crimes como lavagem de dinheiro, fraude eletrônica e evasão de divisas.

A prisão foi cumprida pelos agentes do Núcleo de Cooperação Internacional da PF no Rio de Janeiro (NCI/Interpol), que encontraram Justin Christopher Murphy, de 48 anos, no hotel. Em sua permanência no Brasil, ele chegou a acompanhar os desfiles das escolas de samba na Marquês de Sapucaí este ano e no ano passado.

Ele foi preso depois da Embaixada dos Estados Unidos solicitar a prisão cautelar do estrangeiro para a extradição. O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal.

Ele ficará preso em uma prisão do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro até a extradição definitiva para os Estados Unidos.

 

Quem é o traficante Professor, responsável por comprar armas europeias para uma facção do Rio

De acordo com a Polícia Federal, o criminoso do Complexo do Alemão é um dos principais compradores de armas junto a intermediários da fronteira do Brasil com o Paraguai.

A Polícia Federal descobriu que o traficante foragido Fhillip da Silva Gregório, de 36 anos, conhecido como Professor, é o grande comprador de armas para a facção criminosa Comando Vermelho no Rio de Janeiro.

É com fuzis e pistolas produzidas na Turquia, República Tcheca, Eslovênia e Croácia que o bando protagoniza confrontos em diferentes pontos do RJ para garantir o domínio de territórios.

As armas, de acordo com a investigação que resultou na operação Dakovo, nome de uma cidade da Croácia, eram adquiridas legalmente pelo argentino Diego Hernan Dirísio, repassadas a intermediários em Ciudad del Leste, na fronteira com o Brasil, e de lá vendida para facções no RJ e em São Paulo.

O braço carioca do tráfico de armas era controlado pelo Professor, criminoso que, nos últimos cinco anos, ganhou espaço na facção: é apontado como o grande fornecedor de armas e drogas da quadrilha e uma espécie de “dono” da favela da Fazendinha, no interior do Complexo do Alemão.

No linguajar do crime, Professor é o “matuto'”, a pessoa que manda no negócio, fornecendo drogas e armas e fazendo negociações no exterior.

As investigações da PF mostram que Professor não deixa a região do Complexo há três anos. No interior das favelas, ele fez tratamento dentário, implante de cabelo, lipoaspiração. Tudo para não ser preso novamente.

Em 2015, a Polícia Federal chegou a prender o Professor no município de Seropédica, na Baixada Fluminense. Nessa época, investigações da Delegacia de Repressão à Entorpecentes (DRE) mostravam que ele já trazia drogas para a facção.

Mas a história de Fhilip no mundo do crime começou há cerca de 10 anos.

Em 2012, Fhilip foi preso em flagrante carregando comprovantes de depósitos bancários com valores significativos feitos para traficantes da favela Nova Brasília, uma das comunidades do Complexo do Alemão. Em sua casa, a polícia encontrou ainda anotações contábeis e nominais em cadernos.

Nos registros policiais, Fhillip da Silva Gregório, passou a responder por lavagem de dinheiro e ocultação de bens. Foi a primeira vez que o jovem apareceu em um Boletim de Ocorrência.

Para alguns investigadores, ele é uma espécie de sucessor de Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-mar – preso em 2000, na Colômbia – , e capaz de carregar o apelido de um dos fundadores do Comando Vermelho no fim dos anos 1970: William da Silva, até alguns anos atrás o único “Professor” na quadrilha.

Uma década no crime
A partir da prisão em flagrante, Fhillip passou a responder também por uma ameaça feita à mulher, com base na Lei Maria da Penha.

Em março de 2015, quando foi preso em um sítio em Seropédica, os agentes da PF identificaram que o local era utilizado para receber drogas, armas e munições adquiridas pela quadrilha. De lá, a droga era distribuída para as comunidades ligadas ao grupo.

Em um dos cômodos da casa, os policiais federais encontraram 100 quilos de cocaína. As investigações, então, descobriram que ele negociava a compra de um outro sítio e de uma carreta para conduzir a droga adquirida.

Interceptações telefônicas com autorização judicial mostram que, em 15 dias, Professor chegou a movimentar R$ 1 milhão ao negociar drogas ou armas.

Prisão e fuga
Preso, o criminoso foi levado para Bangu 3, onde ficou até 20 de julho de 2018. De lá, seguiu para o Instituto Moniz Sodré, tendo sido transferido em 18 de setembro daquele ano para o Edgard Costa. Dez dias depois, em 28 de setembro, Professor fugiu e não foi mais recapturado.

A partir de 2020, o nome dele passou a ser ouvido como participante nos confrontos com a polícia. O criminoso mantém o papel de matuto, mas, diferente de outros que atuam como fornecedores de drogas ou armas, o bandido passou a ser reconhecido pelos policiais entre os traficantes durante as trocas de tiros.

Em 2021, Professor passou a responder também por homicídio. Um homem chamado de Bilidim foi morto no baile funk da Fazendinha após urinar em uma criança.

O amigo da vítima, Rogério, foi até à favela saber o paradeiro do rapaz. Ele foi pego pelos traficantes e agredido até a morte. No relatório de indiciamento, o delegado justifica por que Professor passou a ser considerado responsável pelo crime:

“Certo que o executor por hora não foi identificado, porém, o procedimento pode ser encerrado pois conforme apurou-se e vem sendo apurado no decorrer de diversos procedimentos desta especializada, as execuções, quando praticadas dentro de comunidades dominadas pelo tráfico, só ocorrem com aquiescência ou determinação por parte daqueles que se intitulam ‘donos'”.

Um vídeo que circulou em redes sociais, em 2021, mostrava fuzis com o nome “Professor”, chamando a atenção de policiais e mostrando o poderio do traficante na facção.

Esconderijo
Investigações da polícia dão conta ainda de que ele não sai da favela para não ser preso. Essa prática dificulta qualquer ação policial. Chegar até o seu esconderijo significaria intenso confronto e risco para a vida de moradores e de policiais.

Passar os dias dentro da comunidade não impede que a cada dia Professor aumente o poder de influência na facção.

Em 2022, durante uma operação em que 18 pessoas morreram, Professor era um dos chefes do Comando Vermelho que era procurado pelos policiais. Não foi encontrado.

Nesta terça-feira (5), o mandado de prisão contra o Professor não pode ser cumprido por ser uma ação arriscada.

As investigações apontaram em interceptações telefônicas que Professor chega a reclamar com os intermediários sobre a qualidade das armas adquiridas pela facção criminosa:

“Trabalhar assim fica difícil, meu amigão. Poxa, antes vinha um negócio bonitão. Agora, cada vez tá vindo uma peça (arma) inferior”