Polícia Federal no Pará prende envolvidos em fraudes no Pronaf

 A Operação Lavrador, deflagrada pela Polícia Federal no Pará, cumpriu na manhã desta sexta-feira (15) 11mandados de prisão e 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Federal de Altamira, contra acusados de usarem agricultores como laranjas para desviar recursos do Programa Federal de Incentivo à Agricultura Familiar (Pronaf). De acordo com os investigadores, pelo menos R$ 1 milhão podem ter sido desviados pela quadrilha. O crime era praticado nas cidades paraenses de Altamira, Brasil Novo, Medicilândia e Uruará. Entre os envolvidos estão o gerente do Banco do Brasil na cidade de Medicilândia, José Marcos Nery Batista, e o presidentes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Medicilândia, Newton Fernandes Coutinho. Os outros acusados são Roberto Carlos de Oliveira, que fazia parte da cooperativa de agricultores de Medicilândia; Assis Laignier de Souza, empresário do setor de laticínios; Messias de Jesus Santos, preso em Brasil Novo; e Adonis Viturino da Silva, proprietário de uma empresa de contabilidade em Altamira.A Polícia Federal destacou 50 policiais de Altamira, Belém, Marabá e Santarém para trabalharem na operação. De acordo com a Polícia Federal, a Operação Lavrador começou há cerca de dois meses, quando iniciara mas investigações a partir de denúncias feitas à PF e ao Ministério Público Federal. Neste período, foram intensificadas asatividades de rua da área de inteligência. Não houve necessidade de promover interceptação telefônica para se chegar ao desfecho dasinvestigações.Até o momento, todos os mandados de busca e apreensão foram cumpridos e seis pessoas estão presas. As outras cinco não foram encontradas pelos policiais, que devem continuar os trabalhos de busca. Todo o material arrecadado pelas equipes vai ser analisado pela Polícia Federal. De acordo com o Ministério de Desenvolvimento Agrário, esta seria a primeira operação realizada no país para combater fraudes no Pronaf.