Presos 2 contrabandistas de agrotóxicos em Sorriso

A Polícia Federal prendeu ontem, em Sorriso (420 km de Cuiabá), Jacob Salomão Filho e Sidney Vitorino da Rocha na operação “Piratas da Lavoura”, que desmantelou uma quadrilha de contrabando de agrotóxicos que agia em quatro estados. Ele são acusados de distribuição dos produtos, contrabandeados do Paraguai, na região do Centro-Oeste. Os dois foram transferidos para Cuiabá, onde prestariam depoimento ainda ontem.

Junto com os mandados de prisão, a PF cumpriu ainda dois mandados de busca e apreensão nas residências dos acusados. Na casa de Jacob, a polícia apreendeu um revólver 38, sem registro, aproximadamente 10 kg de agrotóxicos e documentos falsos. Na casa de Sidney foi localizada uma pistola 380 também sem registro. Os dois vão responder por posse ilegal de armas.

Ao todo, foram 40 mandados expedidos na operação “Piratas da Lavoura”, sendo 22 de prisão e o restante de busca e apreensão. Até o final da tarde, a PF tinha conseguido prender 20 pessoas. A base da operação é a cidade de Guaíra, no Paraná.

As investigações da PF duraram quase 6 meses, período em que foram apreendidas mais de 10 toneladas de agrotóxico contrabandeadas. De acordo com informações da PF do Paraná, o agrotóxico adquirido no Paraguai era de fabricação chinesa. O produto era ensacado ainda no Paraguai, mas com embalagens produzidas em Maringá (PR) e rotuladas em português. No Brasil, os contrabandistas ainda misturavam o princípio ativo utilizado como agrotóxico com outros produtos químicos similares, porém mais baratos, aumentado assim a lucratividade. Mato Grosso era o principal destino do produto.

Os acusados devem responder pelos crimes de formação de quadrilha, contrabando, transporte e uso de agrotóxico e embalagens irregularmente, sonegação tributária e lavagem de dinheiro. Já foi decretada judicialmente a apreensão de bens de cada investigado, no montante individual de até R$ 630 mil.

Incineração – A PF de Mato Grosso incinerou 8 toneladas de agrotóxicos este final de semana. Os insumos foram apreendidos em outubro do ano passado e janeiro deste ano. A incineração foi feita em Suzano (SP).